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Dor tardia: entendendo suas origens e como prevenir ou tratar seus efeitos

O que é a dor tardia, como ela se manifesta quais as orientações para preveni-la ou trata-la?

O que é a dor tardia?

O exercício Físico é recomendado para todas as idades, sendo imprescindível o autoconhecimento sobre seus aspectos de saúde e, caso necessário, acompanhamento médico periódico.


Caso a rotina de treinamento apresente intensidades e que não respeitam a capacidade atual do indivíduo em executá-las certamente fará com que seu organismo responda de forma ruim, podendo aparecer lesões e/ou algum tipo de dor na musculatura esquelética.

Se você pratica atividade física regularmente ou iniciou deve-se lembrar de alguma vez ter experimentado uma dor após esforço – chamada dor tardia ou dor muscular de início tardio (DMIT) certamente já foi experimentada pela grande maioria dos praticantes de atividade física em algum momento do treinamento.

A dor tardia pode aparecer de 8 a 12 horas após a realização do esforço, aumentar sua intensidade nas primeiras 24 até 72 horas e começar declínio progressivo de sua intensidade até o desaparecimento completo após este período.

Apesar de inúmeros estudos sobre o assunto, pouco se sabe sobre os mecanismos responsáveis pelo surgimento desta dor. A literatura refere que prática de contrações musculares de alta intensidade, principalmente aquelas com um maior componente excêntrico produzem danos naturais às estruturas musculares (fibras), podendo desencadear uma resposta inflamatória como a principal responsável pela dor tardia no grupo muscular exercitado.

Este processo é natural na qual os músculos possuem mecanismos de recuperação que consequente promovem a melhora na resistência e tolerância ao esforço. Ou seja, ela não significa necessariamente que o organismo foi lesionado (efeito prejudicial) e sim que o praticante excedeu do limite suportável de atividade física, quer seja pelo aumento abrupto no volume ou na em uma intensidade e/ou amplitude maiores do que o organismo esteja acostumado a suportar.

Como a dor tardia se manifesta?

A dor tardia acomete principalmente os iniciantes, bem como indivíduos treinados após um tempo de destreinamento - período de retorno aos treinos depois de pausas forçadas, lesões, férias etc. Assim, para evitar que os músculos fiquem doloridos, você deve continuar praticando exercícios físicos regularmente. Caso a pausa tenha sido forçada, por lesões ou tenha ocorrido algum fator impedidito para se treinar neste período o retorno deve ser cauteloso e acompanhado por um profissional que saberá lhe ajudar a dosar a intensidade do esforço a fim de evitar este desconforto. Outros fatores do treinamento parecem contribuir para o surgimento da dor tardia, tais como:


  • Realizar ações musculares excêntricas, no momento em que os músculos são estendidos enquanto se contraem. O exercício típico em treinos intervalados de corrida, por exemplo, uma passada larga de corrida com aumento de velocidade; treinos de força quando o peso de afasta do corpo e corridas em planos declinados em alta velocidade (descendo uma ladeira sem frear o movimento).


  • Aumento súbito de velocidade excedendo a capacidade do músculo em suportá-la, passando do esforço leve ao submáximo ou máximo de forma abrupta – exemplos: aumento intensidade da passada do trote leve para o sprint; passar de caminhada para saltos ou agachamentos (treino de pliometria);


  • Repetição do esforço com descanso mais curtos entre as séries: redução ao mínimo necessário ou isenção de tempo adequado para recuperação (isto pode constituir em erro ou estratégia intencional para aumento de intensidade).

O melhor a fazer é observar o que foi realizado, com o auxílio do profissional que prescreveu o treinamento – uma análise deste pode concluir que se trata de uma resposta natural do organismo ao excesso de esforço e este se adaptará a melhores patamares, se você não pulou ou queimou nenhuma etapa orientada pelo professor, quer seja no treino presencial à distância ou se é patológico e ai sim é um problema. Como prevenir ou tratar após surgimento de dores desta natureza

Para se evitar ou minimizar o efeito da dor tardia torna-se de suma importância para qualquer tipo de treinamento físico, em quaisquer níveis de desempenho, mas, sobretudo nos mais elevados, promover condições para uma recuperação pós-esforço, que consiste em buscar o retorno dos sistemas a níveis próximos dos basais (usuais para o individuo em repouso), além de lhe proporcionar equilíbrio e prevenir lesões. A organização, planejamento e prescrição de uma série de atividades físicas com objetivos específicos, quando bem orientados por um profissional e que respeite o volume e intensidade de carga, conforme condição física do praticante potencializam os resultados obtidos e contribui para a realização desta atividade e outras similares sem percepção de cansaço excessivo.

A seguir, algumas sugestões de técnicas que podem ser utilizadas para tanto:


  • Exercícios preparatórios / de baixa intensidade - com intuito de promover o aquecimento ou volta à calma, bem como experimento prático do movimento que será exigido. Por isso os exercicios de aquecimento, nunca devem ser negligenciados;


  • Alongamentos suaves - sem objetivar ganhos de amplitude - intuindo que o praticante tenha a oportunidade de observar como está o seu estado no momento da prática esportiva, lhe dando uma melhor percepção de seus limites fisiológicos e físicos, incluindo os articulares;



  • Técnicas de massagem - objetivando a descontração muscular e relaxamento momentâneo e melhora na percepção de dor. Sugere-se a automassagem (feita pelo próprio individuo) ou a passiva (aplicada por outro) nas regiões acima e abaixo da área dolorida e, em seguida, o músculo, com as próprias mãos ou com objetos como bolinhas, rolos, etc.


  • Recuperação ativa seguida ao esforço de alta intensidade - Seu tempo deve ser muito bem calculados e controlados a fim de garantir a recuperação esperada no momento;


  • Outros métodos – crioterapia (aplicação de gelo local), contraste, dentre outros. É de suma importância evitar automedicação sempre e a realização de métodos terapêuticos sem o acompanhamento / orientação de um profissional especializado (médico, fisioterapeuta, preparador físico ou técnico especialista);


  • Troca de informações e feedback constante com o professor - O melhor a fazer é observar o que foi realizado e analisar em conjunto, assim é possível prescrever as exigências osteo-musculares de forma adequada e gradual, permitindo a adaptação aos novos movimentos e deixando a dor a níveis mais confortáveis.

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